Como um vinho pode ser mineral?!
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Já se perguntou como o vinho, se é feito de uva, pode ter um caráter mineral? Que aromas e sabores são esses? De onde eles vêm? Por que estão na moda?
Na verdade, mineralidade não é considerado um aroma, nem um sabor, mas é uma sensação que pode ser percebida em determinados vinhos. Mineralidade é como uma energia que sentimos na garganta, similar à acidez e ao frescor.
É claramente mais fácil reconhecer caráter frutado, picante ou herbáceo, num vinho, do que reconhecer caráter mineral. Como reconhecer mineralidade em um vinho? Pois bem. Tente identificar, na sua bebida, notas ou sinais de ferro, barro, giz, ardósia, granito, calcário. Mais do que isso, tente imaginar a sensação de lamber uma pilha alcalina.
Esse é, sem dúvida, um desafio. E por isso, também, um motivo de confusão entre amantes do vinho. Mas, também provavelmente por isso, o assunto está na moda.
E de onde vem essa característica mineral em determinados vinhos? Do solo onde as uvas são cultivadas. Solos de calcário, xisto e granito são claramente distintos e especiais para a viticultura, e deles podem sair uvas para a produção de vinhos com caráter nitidamente mineral.
Mas isso não depende somente da natureza, ao contrário do óbvio. Determinadas práticas de agricultura podem, também influenciar a qualidade e as características do solo.
Além disso, vinhos muito industriais, cultivados e produzidos em escalas enormes, certamente estão menos propensos a oferecer mineralidade entre as suas qualidades.
Há quem afirme que tudo isso é pura especulação. Que é um preciosismo ou mesmo frescura. Por outro lado, há quem defenda definições de mineralidade no vinho, com unhas e dentes. Ainda não há consenso. Nem precisa haver. Ainda bem.
Para encerrar, se quiser ler sobre Chablis, o Chardonnay da Borgonha reconhecido como um vinho notoriamente mineral, clique aqui.
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